A GEOGRAFIA DO MUNICÍPIO

0 município de Guajará Mirim, conforme documentos históricos, teve sua origem durante o período da construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré. onde foi construído um galpão para depósito de materiais da ferrovia, do lado direito do rio Mamoré, acima da última cachoeira dos rios Mamoré e Madeira. Em volta do galpão surgiram várias residências formando um pequeno povoado, ao qual se chamou de "Quadro".

O "Quadro" pertencia ao estado de Mato Grosso, e foi reconhecida como :'Vila de Esperidião Marques" em homenagem ao governador da época. Em 1928 a vila foi elevada a categoria de município, recebendo o nome de Guajará-Mirim, que em Tupi Guarani significa Cachoeira Pequena.

Em 1943 deixou de pertencer ao estado do Mato Grosso passando a integrar o Território Federal do Guaporé,O município de Guajará Mirim, está localizado à oeste do Estado, entre as longitudes oeste, 65° e 65° 30' e latitude sul de 10° 30'e 12o30' limita-se à norte com o município da Nova do Mamoré e Campo Novo de Rondônia, à nordeste com o município de Governador Jorge Teixeira.

A leste com São Miguel do Guaporé, Seringueiras e Costa Marques. A sul-sudoeste com a Bolívia.Quanto ao relevo deste trecho onde está instalado o município, com base no novo mapa do relevo brasileiro, proposto Jurandir ROSS (1996), caracteriza-se como uma "depressão" neste trecho denominado de Guaporé (n°26), na verdade isto é o Vale do Guaporé. Porém o município se estende até ao topo da Serra dos Pacaás Novos que analisada isoladamente, corresponde aos Planaltos Residuais do sul da Amazônia.

O Vale do Mamoré-Guaporé, faz parte de um grande complexo, que se estende até o Mato Grosso do Sul. A sua geologia data do Quartenário-Cenozóico, significando que são terrenos recentes, em processo de formação, tratando-se do Craton Guaporé.(IBGE, 1990).

A Serra dos Pacaás Novos possue um formato de arco, atingindo a altitude de 1. 126 metros (Pico do Tracaoá), localizado no limite de Guajará-Mirim com governador Jorge Teixeira. É um espigão que funciona como centro geográfico do estado, trata-se de um pacote de arenito, que formam serras tabulares que corta todo o território rondoniense de oeste a leste.

Os Pacaás Novos e Chapada dos Parecis, formam o principal divisor de águas, das nascentes de todas as bacias hidrográficas dentro do espaço geográfico rondoniense.As bacias hidrográficas mais importantes são as Bacias do Rio Ouro Preto, Rio Novo, Pacaás Novos e Rio Cautário, na margem esquerda do Guaporé, este rio é francameme navegável, em todo seu curso, é tbrmador da Bacia do Madeira.

A hidrovia Mamore-Guaporé, é uma importante via de transporte da região, ligou Rondônia ao Brasil Central, durante os século passados. Atualmente o município está ligada à Porto Velho, pela BR 364.0 clima de Rondônia neste trecho corresponde ao Clima Equatorial (quente e úmido o ano todo) e com dois períodos bem definidos: seco, de maio à setembro, quando ocorre em função do inverno do hemisfério sul, o fenômeno da friagem, que pode se estender à toda a Amazônia inteira, em períodos longos.

Sobre a dinâmica climática, Guajará-Mirim pode sofrer influência de dois tipos de massas atmosféricas diferentes, as massas procedentes do cone sul da América do Sul, onde a (mP) polar pode resfriar a Tropical Continental, que penetra pela Argentina e sobe pelo Chaco-Matogrossense, atingindo o Vale do Guaporé, e resfria a baixa atmosfera.Devido a continentalidade (grande extensão de terras continentais), esta massa se ascende e se aquece, proporcionando a queda da temperatura, porém de uma forma amena; quando atingida pelas massas de ar procedentes dos Altiplanos Bolivianos, poderá eventualmente ocorrer uma queda brusca da temperatura e descer além do 0° centigrados. Nesta nestas condições o fenômeno climático é influenciado pela ocorrência do E1 Niño, que ocorre no Oceano Pacífico em baixas latitudes, na altura do Equador.

O período chuvoso dura de Outubro à Abril, sendo que é dominado pela mC (massa de ar Equatorial Continental-fixa na altura de Manaus) é responsável pelo alto indice pluviométrico (1500mm-2000mm) e alta umidade relativa do ar (85%).É importante lembrar, que no período seco em todo o estado, pode ocorrer a seca fisiológica, (rebaixamento do lençol freático) em função do baixo índice pluviométrico, causado pela dominância da massa tropical continental localizada no Brasil Central.Sobre as mudanças climáticas ocorridas em Rondônia, qualquer inferência sobre mudança, depende de estudos sistemáticos.

Empiricamente sabe-se que o clima está mudando, porém as causas podem ser de ordem local (desmatamento) ou de ordem planetária. Qualquer afirmação, deve ser dada a partir de resultados de estudos científicos sobre a dinâmica atmosférica local. Resultados que são dificultados pela inexistência de estações metereológicas no estado.

Do ponto de vista da cobertura original, conforme o mapa de Vegetação da Amazônia Legal, (IBGE/SUDAM, 1989), em Guajará Mirim, predominam os tipos florestais: Floresta Ombrófila Abertas (As e Ah) respectivamente de terras baixas e as submontanas, as Savanas ou Cerrados (SOe Sd ), que se caracterizam como coberturas arbóreas densa e campos, com formação de dois extratos distintos: as xeromorfas e as gramineas lenhosas baixas, predominante nos trechos serranos. Nas terras baixas, predominante a Ombrófila Densa (Da e Ds) constituída por árvores permifólias, também se estende para as áreas altas próximas às plamcies de inundaç'ão.Finalmente levando em consideração a ação antrópica podemos encontrar as Horestas Amrópicas (,-lA), trechos que podem ser caracterizados como áreas que sofreram desmatamento, possui atividades agrícolas ou pastagem ou está em pousio (capoeira).

Conforme o mapa de solos de Rondônia elaborado pelo Serviço Nacional de Levantamento e Conservação de solos EMBRAPA (1983) citado no documento da Marco Zero de Guajará-Mirim as classes de solos predominantes na área do município são Latossolo Vermelho-Amarelo Álico associado a Areia Quartzosa Álica (27,13%), Cambissolos Álico associado a Plintossolo Álico (17,83%), Latossolo Vermelho-Amarelo Alico associado a Podzólico Vermelho-Amarelo Alico (19,01%), Latossolo Vermelho-Amarelo Alico associado a Latossolo Amarelo Álico (6, 16%) e Glei Pouco Húmico Álico associado a Solos Aluviais Distróficos (5,90%).Quanto a aptidão agrícola dos solos, 69,39 % de terras predomina como classe de aptidão "boa" para o nível de manejo de alto nível tecnológico, restrita para o nível de manejo de baixo nível tecnológico e regular para o nível de manejo de médio nível tecnológico, sendo que a fertilidade natural é a maior limitação. Em segundo lugar com 16,83 %,aparecem as terras sem aptidão para uso agrícola, sendo indicadas para preservação e conservação do meio ambiente.A principal via de acesso até Guajará-Mirim atualmente é a BR 364- e a BR 425, que por sua vez tem um entrocamento com a BR 421, ligando Mamoré a Arquemes. Na verdade trata-se de uma construção sem autorização, em virtude de circundar áreas protegidas por lei e a reserva indígena Uru-Eu-Wau-Wau.Até 1972, a cidade foi ligada ao município de Porto Velho, pela ferrovia Estrada de Ferro Madeira Mamoré, concluída em 1912, que foi desativada em 1972, por Ter sido considerada "não mais prioridade depois da construção da BR 364, conseqüência da mudança do eixo econômico" após desenvolvimento da atividade de cassiterita ocorrida no eixo das Bacias do Candeia-Jamari, e principalmente após a instalação dos Projetos de Colonização implantados pelo INCRA: PAD, PIC, PAR e NUAR{es).

Do ponto de vista econômico, até a primeira metade deste século não havia produção agrícola. Para atender a esta necessidade da população que se originou durante os ciclos da borracha e que já era numerosa, o governo federal implantou a Colônia de IATA, para atender à produção de alimentos. É o principal setor produtivo do município, desenvolvem somente o que denominam no local de lavoura branca: arroz, feijão, mandioca, entre outros produtos de ciclos anuais.

0 excedente agrícola é comercializado no próprio município.Além da atividade tradicional de subsistência familiar, a população desenvolve atividades extrativistas com base na floresta, principalmente a extração da seringa (as Resex), juntamente com a pesca para sobrevivência (Colonia dos Pescadores).

Conforme visita efetuada nesta colônia, em setembro(1994), as moradias são construídas de taipas e ou madeira rústica; não havia naquela data, benfeitorias e saneamento. A exceção fica por conta das casas antigas da 'colônia', que são de alvenaria, demonstração do que fora o planeiamento e o modelo de ocupação na década de 1940.Outra atividade de muita importância para a população de Guajara Mirim, trata-se da pesca profissional e amadora. Segundo entrevista com o representante da colônia de pescadores em Setembro de 1994, os profissionais tradicionais estão sendo prejudicados pelos profissionais amadores, em função da pesca amadora ou derivada do turismo semanal, por sua vez predatório.

Onde os amadores atuam fora de temporada autorizada pelo IBANIA, em região de criadouros (cabeceiras de rios), principalmente na cabeceia do Pio Pacaás Novos, com a cumplicidade dos fiscais do mesmo órgão e autoridades daquele município e inclusive dos municípios vizinhos e principalmente dos turistas capitalizados de Porto Velho, demonstrando um descaso das autoridades e indiferença dos turistas e da conivência de todos.

Foi citado na ocasião nomes de pescadores ribeirinhos que pescam para a sobrevivência que foram processados e perderam seus instrumentos de trabalho em função destes casos de omissão e exageros de representantes do órgão fiscalizador o IBAMA.No Setor Extrativista, o município foi durante muito tempo o ponto de comércio e apoio da população extrativista localizada no Vale do Guaporé. O processo de trabalho se dava pelo sistema de "aviamento", o proprietário do seringai, o seringalista, fornecia os mantimentos em troca da produção, caracterizando um regime de dependência e exploração dos seringueiros.

Após a Segunda Guerra Mundial ocorreu o declínio econômico da atividade extrativista, e muitos seringalistas passaram a arrendar os seringais para os próprios seringueiros. Nesta fase os "marreteiros" vendiam mercadorias e transportavam a mercadoria para a venda em Guajará-Mirim, desta forma a atividade continuava pouco rentável.No final dos anos 80 os seringueiros começaram ase organizar com o objetivo de legalizar a posse das terras em que trabalhavam. Em fevereiro de 1989 realizou-se o "I Encontro de Seringueiros de Guajará-Mirim" e criou-se a "Comissão Municipal dos Seringueiros de Guajará-Mirim"

. Em 13 de Março de 1990 foi criada a Reserva Extrativista do Pio Ouro Preto.Atualmente o IBAMA está fazendo uma Avaliação Ecológica Rápida para subsidiar os entendimentos entre o INCRA, ASGM e IBAMA, para exclusão de 33 mil hectares à norte da RESEX-ROP, no limite de assentamentos existente na localidadeNo final de 1995, o governo de Rondônia criou mais duas Reservas Extrativistas no município, a Reserva Extrativista de Pacaás Novos e Reserva Extrativista do Rio Cautário, esta se localiza parcialmente em Gurajará-Mirim e em Costa Marques.No setorpesqueiro, a atividade é uma fonte significativa no mercado municipal local, sendo caracterizada pela pesca artesanal e pesca profissional. A comercialização é feita a nível local, para outros municípios de Rondônia e para o Acre. Segundo o documento Marco Zero de Guajará-Mirim (1993), os principais rio5 onde se pratica a pesca profissional são: Pacaás novos, Guaporé e Rio Ouro Preto. Os demais rios em função do acesso são utilizados apenas para a pesca artesanal, pelos seringueiros e índios.

Observando-se que a pesca profissional é proibida nos leitos dos rios envolvidos pelas Áreas Indígenas e Unidades de ConservaçãoComo Indicadores Industriais Guajará-Mirim, panicipava em 1995, a nível de industrialização com apenas 1,39% do total do estado, com 47 estabelecimentos industriais (FIERO, 1995). O seguimento de madeira estava naquele ano, representado por 12 empresas ao todo,(FIERO, 1995 ).Quanto ao extrativismo mineral, possui um grande potencial de minérios nas terras baixas e no trecho correspondente à serra nas cabeceiras do Candeias, Jaci-Paraná, Cautário, Rio Preto entre outros, (RADAM Brasil, 1978 e IBGE, 1993 ),O Projeto Noroeste Metalogenético e de Previsão de Recursos Minerais-Folha SD.20 Guaporé-CPRM (1985), tratando-se do único levantamento detalhado do potencial metalogenético do estado, apresenta o que segue:"quanto ao potencial mineral apontam 47 jazidas minerais, distribuidas em 2 frentes de garimpos em atividades, 3 garimpos abandonados e 42 indícios e ocorrências imimeras.

Discriminadamente as mineralizações são de estanho, ouro, diamante, cobre, chumbo e zinco, cromo, calcário, dolomita e terras raras ".Por ordem da viabilidade econômica, os principais minérios mais explorados são: estanho: as ocorrências referem-se a cassiterita encontradas em depósitos tipos placers da cobertura superpostos (primárias e secundárias). Geneticamente associados à presença de granitos anorogênicos de evento Rondoniense localmente denomina-se Provincia Estanifera de Rondônia, a mais importante da Amazônia e do Brasil. ouro: são ocorrências secundárias presentes nas depósitos da cobertura superpostas, geneticamente associadas aos anfibólitos do embasamento arqueano remobilizado e aos granitóites do evento Rondoniense.

As mais importantes situam-se na região de Colorado do Oeste, onde se desenvolvem atividades de garimpagem clandestinas no sentido das imediações de Corumbiara, Cerejeiras e Costa Marques; diamantes, são ocorrências secundárias presentes em depósitos tipos plarces de cobertura final. Sua origem é discutível, podendo estar relacionado à pipes Kimberliticos deleetários na região ou a horizontes conglemeráticos observados nos depósitos Cretáceos (Formação Pareeis).

O cobre (chumbo e zinco) são ocorrências detectadas através de indícios indiretos (geoquímicos) presemes em rochas básicas do embasamento arqueano remobilizadas, básicas e uRrabásicas relacionadas ao evento Rondoniense (...) e da Formação Pimenta Bueno (Bacia Epicominental Marinha) e basaltos da cobetura sedimentar não dobradas, merece destaque as associações Cu, Pb, Zinco, detectado desde trechos da Serra dos Pacaás Novos até o morro Sem Boné, na fronteira do Mato Grosso.0 cromo é assinalado na Formação de Cromita preseme em aluviões da Cobertura Superimposta-evento Rondoniense. As áreas mais importames referem-se a Serra Céu-Azul e Serra dos Reis.

O calcáreo está presente nas formações de dolomitas nas margens da bacia epicontinemal marinha particularmente na região do rio Araras. Embora semelhame petrográfica e estratigraficamente à jazida de Presidente Hermes na Folha Porto Velho, não se dispõe de informações quantitativas. Existem indicadores das monasitas, com a presença deste carbonato de Tório e terras raras está associada geneticameme à ocorrências vulcânicas ácidas do evento Rondoniense presentes na Serra de Ouro Fino, próximo a Costa Marques, sua detecção deu-se por aerofotogrametria e não há informações quantitativas das ocorrências.

Quanto ao potenciai turístico extensivo à todo o Vale do Guaporé, presentes nas inúmeras Paisagens Cênicas ( Monumentos Natural) se destacam: Serra dos Pacaás Novos; Chapada dos Parecis; Ilha Saldanha; Rio Mamoré; Rio Pacaás Novos; Rio Guaporé; Lagos: das Garças, Lago Pompeu, Bom Futuro, das Trairás, do Bolinha, do Calafote, do Pinga, da Mercedes, dos Pássaros.As praias da Pedra da Sorte, das Trés Bocas, do Igarapé da Anta, dos Dois Irmãos, de Santo André se destacam como principais pomos turísticos que devem ser aproveitados através de um programa de incentivo ao turismo ecológico, visando o gerenciamento desta atividade econômica, gerando empregos e renda para as famílias destas localidades.

O quadro a seguir, resume um calendário turístico.Como pomos culturais, Guajará possui o museu Histórico Municipal, que está instalado na antiga Estação da estrada de Ferro Madeira Mamoré. Como principal atração estão expostas inlustrações museológicas de minerais e animais empalhados. Conforme o calendário turístico da FUNCETUR, o atendimento se estende de Segunda à Sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h;A Biblioteca principal denomina-se Jarbas Passarinho e está localizada na avenida Firmo de Matos, s/n- 6uajará-Mirim-RO, 78.957-000, com telefone 541-3732A rede de serviços diversos de atendimento ao público, estão resumidos em Hotéis e Agências de Viagens, conforme quadro a seguir

Calendário turístico

DIA

MÊS

EVENTO

02

19

05 a 10
17
13
29

22 a 24
8

Janeiro



Abril
Maio
Junho
Junho

Agosto
Dezembro

Comemoração do aniversário do Poeta Alkindar Brasil de
Arouca nascido em Guajará-Mirim
Imagem de Nossa Senhora dos Seringueiro-em trânsito entre Costa Marques e Guajará Mirim
Semana do Município de Guajará-Mirim
Festa da Castanha i
Santo Antônio
Festa de São Pedro, Padroeiro dos Pescadores, procissão Fluvial no Rio Mamoré;
Festa do Folclore
Nossa Senhora do Seringueiro-Padroeira do Município

Os Principais Hotéis

Nome

Endereço

Bairro

CENTRALPALACE HOTELHOTEL MINI

ESTRELA PALACE

Av. Marechal Deodoro, 1150 (69) 541-2610

Av. 15 de Novembro,460; (069) 541-2399

Centro

Centro

Agências de Viagens

AGÊNCIAS

ENDEREÇO

BAIRRO

Alfatur-Viagens e Turismo
Ltda

San Carlos Câmbio e Turismo Ltda

Guaya Tous Câmbio e Turismo Ltda

Princetur-Turismo Ltda

Av. XV de Novembro,
106-(069) 541-2271
Av. Carlos Lima, 191,
(069) 541-3523

Av. Dr° Mendonça
Lima, 157,
(069) 541-3647
Av. Costa Marques, 807
(069)

Centro

Centro


Centro

Centro

O ZSEE- Zoneamento Sócio Econômico e EcológicoAnalisando dentro da perspectiva do tema meio ambiente e propostas de desenvolvimento sustentado, inclusive as propostas do estado para o município, em Guajára-Mirim estão localizadas as principais Unidades de Conservação estaduais de proteção permanente, reservas indígenas do Estado de Rondônia.

Do ponto de vista dos novos usos propostos pelo reordenamento das primeira aproximação (Zoneamento Econômico Ecológico), foram sugeridos as seguintes zonas: Zona 6.(6.1), Zona 5, zona 4, e Zona 2. Para a zona 6, conforme o projeto de zoneamento, corresponde aos aos "ecossitemas .frágeis, conservação de beleza cênica natural e manutenção da cobertura vegetai para impedir a erosão, garantindo a estabilidade de nascentes, controlar as purezas dos cursos de água, redução dos riscos de inundação, mantém o micro-clima local, proteção da fauna e equilíbrio ecológico. Incluem-se nesta zona, rodas as unidades de conservação institucionalizada, exemplo as reservas indígenas".

A Zona 4 corresponde à proposta de "desenvolvimento de extrativismo vegetai, seringa nativa, castanha e essências florestais óleos, frutas e raízes exploráveis, predominando o manejo sem alteração dos ecossistemas".Para a Zona 2 "ordenamento e recuperação e desenvolvimento de atividades agropecuária, desenvolvimento de agricultura consorciada com sistemas agroflorestais e silvo-pastoris, com apoio a pequenos produtores e em segundo plano a pecuária de grande porte (carne e leito em solos de média e baixa fertilidade, desativando a pastagens pura (mortoCultura) em todos os níveis" .As áreas Indígenas existentes no município são: Rio Guaporé, Pacaás Novos e Lage, além de fazer fundo com a dos Um-Eu- Wau-Wau. São diversos os problemas ligados à questão indigena, porém os principais são os ligados à pesca e caça predatória, principalmente na AI Pacaás Novos, conforme entrevista com Sr. Gregório-FUNAI ( Julho, 1996).

Quanto aos principais problemas ambientais, conforme depoimento de representantes da Colônia dos Pescadores (1994) a questão da pesca predatória é muito grave no município, na cabeceira do Rio Pacaás Novos, efetuada por pescadores e turistas de finais de semana.São empresários e funcionários públicos do alto escalão, que possuem equipamentos de tecnologia de ponta, ( barcos e equipamentos de pesca e caça) procedentes das cidades de Porto Velho e outras cidades da BR, inclusive da própria Guajará Mirim."Inclusive prejudicando a atividade dos pescadores artesanais, que sobrevivem da pesca, que são multados, presos e perdem seus rudimentares equipamentos, quando oIBAMA. os surpreende em campo, e, quanto aos turistas infratores, passam ilesos pelos fiscais de plantão. que os ignoram propositalmente e até pescam com eles." 18/08/94 - nome resguardado à pedido.Acrescenta-se como problema ambiental o desmatamento e as queimadas que ocorrem entre julho e setembro.

Sem contar os garimpos clandestinos pontuais surgem nos períodos de inter-safras ao longo dos igarapés tributários na vertente direita do Guaporé, ricos em pedras preciosas. ouro e diamante.Bibliografia:CABRAL. José Bernardo. O Papel das Hidrovias no Desenvolvimento sustentável da Região .4mazônica. Senado Federal. Brasília. DF.Jan. 1996.2' EdiçãoINSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA. IBGE- Censo Demográfico. Rio de Janeiro. 199:FERREIRA. 1VP Madalena. Percepção Popular dos Beneficiários do Planafloro-Pesquisa Aplica em 3,lachadinho do Oeste, Ouro Preto e Guaiará- Mirim, Porto Velho. Agosto e Setembro/1994, PNUD (digitado)-Consultor Senior: Luiz Eduardo BaptistaFIERO, Rondônia-Perfil e Diretrizes de Desenvolvimento Industrial e Infra-Estrutura, Porto Velho, 199., FUNCEKCompêndio de História e Cultura de Rondônia. Porto Vel:ho, 1993: GREGÓRIO. Nailton. Entrevista em 24.07. 9ó. Porto Velho, FUNAI Consultor JurídicoMC & A Consultoria e Assistência Empresarial- Marco Zero de Guajará-Mirim - Guajará-Min'm. 1995MAPA Político de Rondônia. Escala 1:1.000.000. Ed. Geográfica. 1995Físico de Rondônia. Escala 1.1.000.000. DER-RO, Porto Velho. 1992; de Vegetação da Amazônia Legai, Escala 1:2.500.000. IBGE/SUDAM. 1989:

.do Zoneamento Sócio- Econômico- Ecológico, Primeira Aproximação, I:1.000.000.ITERON. Porto Velho. 198

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