O nome do Município de Guajará-Mirim é de origem indígena significando Cachoeira (Guajará) Pequena (Mirim), assim já era conhecido o local desde o século XVIII, constituía-se apenas de alguns seringais, sem nenhuma povoação que chamasse a atenção, mas já era um dos pontos de referência geográfica na rota Santa Maria Belém-do-Pará/Vila Bela da Santíssima Trindade em Mato Grosso. No início do século XX tornou-se mais conhecido com a formação de um núcleo urbano ao ser o local escolhido para o ponto terminal da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. (concluída em 30 de abril de 1912 e inaugurada oficialmente em 01 de agosto deste mesmo ano).
A região tinha seus seringais explorados pela Guaporé Rubber Company, então gerenciada pelo Coronel Paulo Saldanha.
Dentre os principais seringais locais destacavam-se o Rodrigues Alves, Santa Cruz e o Renascença. Os seringueiros viviam da coleta do látex e de um reduzido comércio com a vizinha povoação boliviana de Guayaramerim. Os indígenas, nossos ancestrais, que ocupavam região representavam uma constante ameaça e impedimento ao trabalho dos seringueiros. Dentre eles destacaram-se os Pacaás Novos.
Em 8 de outubro de 1912, foi instalado um posto fiscal em Guajará Mirim administrado pelo guarda Manoel Tibúrcio Dutra. No dia 12 de julho de 1928, o povoado de Guajará-Mirim era elevado a categoria de cidade, passando a ser sede do Município do mesmo nome, através da Lei n.° 991, do Presidente do Estado do Mato Grosso Mário Correia da Costa e foi instalado em 10/04/29, tendo como lº Intendente nomeado, Manoel Boucinhas de Menezes.
Segundo viajantes que por Guajará Mirim passaram na década de 20, esta cidade não diferia muito de Porto Velho em sua origem. Ao lado planejado das residências e escritórios da ferrovia surgiu um núcleo de povoamento com edificações improvisadas. Situação curiosa da de Guajará-Mirim, semelhante a de Santo Antônio do Rio Madeira.
Pertencente ao estado do Mato Grosso comunicava-se mais intensamente com Porto Velho no estado do Amazonas, com a Bolivia através de Guayaramerim e com Vila Bela no Mato Grosso. Determinava essa proximidade a ferrovia e os fios Guaporé e Mamoré do mesmo modo que Vila Bela comunicava-se mais intensamente com Guajará Miririm e Porto Velho que com a capital do Mato Grosso. O difícil acesso por terra até Cuiabá encontrava sucedâneo na navegação do Guaporé e Mamoré. Assim Vila Bela, a capital do Mato Grosso até 1820, possuía maior vínculos com Guajará-Mirim que com Cuiabá.
Guajará Mirim era servida por algumas dezenas de embarcações de bandeira nacional e boliviana. Vapores de roda na popa, lanchas a hélice além de outros tipos de embarcação faziam o percurso de 8 a 15 dias pelo Guaporé até Vila Bela e pelo Mamoré até a capital do Beni, Trinidad. Em 1931 um antigo administrador dos seringais da Guaporé Rubber e da Júlio Muller, o Cel. Paulo Cordeiro da Cruz Saldanha, criou a Empresa de navegação dos rios Mamoré e Guaporé que, subvencionada pelo governo federal, passou a servir o trajeto para Vila Bela e o Forte Príncipe da Beira. Em 1943 essa empresa foi comprada pelo governo federal, transformando-se no Serviço de Navegação do Guaporé.
Nas primeiras décadas desse século possuía Guajará-Mirim um comércio regular de bens e serviços para atender à população além de diversos órgãos públicos. Delegacia de polícia com efetivo de 10 praças e um sargento da força estadual, coletoria, posto fiscal, telégrafo e correio, escolas, cinema, dezenas de casas comerciais e uma população em tomo de 1500 pessoas. Essa população, como em Porto Velho, era composta por elementos das mais diversas nacionalidades: gregos, libaneses, japoneses, espanhóis, barbadianos, portugueses, ingleses, americanos e franceses.
Ressentiam-se as autoridades de Guajará-Mirim nessa época da ausência de um contingente militar para guarnecer a fronteira, o Forte Príncipe da Beira encontrava-se em ruinas. Guayaramerin, fronteiro apesar de uma população estimada em 400 pessoas possuía um quartel com 100 praças e os oficiais, além de uma capitania da porto. Esta situação foi resolvida durante o período Vargas quando em 1932 foram criados os Contingentes Especiais de Fronteira em Porto Velho, Guajará-Mirim e Forte Príncipe da Beira subordinados a inspetoria do Capitão Aluizio Pinheiro Ferreira.
Em 1943, passou a constituir-se parte integrante do Território Federal do Guaporé (Rondônia), nas condições de município, ostentando o seu nome original de Guajará-Mirim, cognominada a "Pérola do Mamoré".
POPULAÇÃO: 50.079 habitantes na zona urbana e 12.001 na zona rural. ÁREAS: 25.214,0 Km2 ALTITUDE: 195 m LATITUDE: 10º 47' 55' Sul LONGITUDE: 65º 23' e 00' Oeste de Greenwich LOCALIDADES: lata e Surpresa ATIVIDADES ECONÔMICAS |
- ÁREA DE LIVRE COMÉRCIO: A área de livre comércio de Guajará-Mirim, localizada a Sudoeste do Estado de Rondônia, possui uma extensão de 82,52 Km, delimitada e administrada pela SUFRAMA, onde a negociação de produtos poderá ser feita com suspensão ou isenção do Imposto (II) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (I.P.I.).
CRIAÇÃO DE ANIMAIS: bovino, suíno, aves. AGRICULTURA: arroz, feijão, mandioca, milho, banana e café. ALGUMAS INDÚSTRIAS - Cerâmica Guajará. - Indústria Parecis Ltda.- Guaraná Parecis - Madeireira Guajará. |
LIMITES
NORTE: Nova Mamoré
NORDESTE: Campo Novo de Rondônia e Governador Jorge Teixeira-
LESTE: São Miguel do Guaporé e Seringueiras.
SUL E SUDESTE: Costa Marques.
SUDOESTE: República da Bolívia.
OESTE: República da Bolívia.
NOROESTE: República da Bolívia.
MUSEU
- Museu Histórico Municipal e Recanto de D. Rey.
BIBLIOTECA - Biblioteca Municipal Jarbas Passarinho. ASPECTOS TURÍSTICOS (ver página) - Gruta ou Caverna dos Pacaás Novos. - Torre da EMBRATEL - Alto da Chapada dos Pacaás Novos . |
- Rio Pacaás Novos - apresenta o fenômeno do encontro das águas com o rio Mamoré.
- Cachoeira e Corredeiras: Guajará-Mirim, Guajará-Açu, Bananeira, Pau Grande, Lage, Praia da Pedra da Morte e Praia das Três Bocas.
DATAS COMEMORATIVAS
- 10 de Abril: Aniversário do Município.
- 08 de Dezembro: Dia de Nossa Senhora do Seringueiro - Padroeira do Município.
EVENTOS CULTURAIS
- Festa Junina - boi bumbá
- Festa da Castanha - julho
- Expoagro - agosto/setembro
- Festival de Música Popular de Guajará-Mirim - FEMPOGUAM.
Links sobre Guajará-Mirim
Suframa OnLine - Guajará-Mirim | - S u p e r i n t e n d ê n c i a d a Z o n a F r a n c a d e M a n a u s. . HISTÓRIA DO MUNICÍPIO O município de Guajará-Mirim, que em Tupi-Guarany,... |
RO -Guajará - Mirim - Estatísticas | - Município: GUAJARÁ - MIRIM Estado de RONDÔNIA Diocese : GUAJARÁ - MIRIM. Fonte...: SIAFI/MF - Relação de Convênios do município com o Governo Federal.... |
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