SOLDADO DA BORRACHA,

O DESBRAVADOR DA AMAZÔNIA

(Por um dos excluidos)

Fortaleza do Ceará 6 de abril de 1943, época da 2ª Guerra Mundial, surgiu um contrato de encaminhamento de homens a serviço especial de mobilização de trabalhadores para a Amazônia Ocidental pelo Dr. Paulo de Assis Ribeiro Junto com Manoel de Souza Viana, com 28 anos de idade, do Estado do Ceará, os dois foram responsáveis pelo recrutamento dos soldados da Borracha para prestarem serviços no vale amazônico. Após o recrutamento, foi feito um sorteio, um para a guerra e outro para Amazônia. Receberam o seguinte material: um uniforme para cada soldado, composto de duas calças, um blusão, um par de alpargatas, uma rede, uma mochila, uma caneca, um prato fundo etc. Existe uma lembrança que o velho soldado da borracha não esquece jamais, quando o grande Presidente da Republica, Getúlio Vargas, veio no cais se despedir dos soldados da borracha com lágrimas nos olhos. Dizem que é feio um homem chorar, mas a verdade tem que ser dita o Presidente do Brasil não queria entrar em guerra, mas em visto os inimigos terem afundado navios brasileiros com oficiais do exercito que navegam a serviço de nossa nação, o então Presidente Getulio Vargas se achou obrigado a assinar o decreto declarando guerra ao Eixo inimigo..

Viajaram em navios comandados pelo Gen. Pedro. De noite era proibido conversar e fumar, o navio D. Pedro I navegava para o Norte. A1guns so1dados traziam lembranças dos tempos de sua infância em sua terra natal. Viajando seguindo rumo traçado pelo destino, sem saber o que enfrentariam na Amazônia Ocidental grandes aldeias de índios, seres humanos selvagens que nascem com o gênio infernal que comem carne humana é costume do índios canibais. 0 primeiro ponto de constatação foi o Estado do Pará.

Assim os soldados da borracha foram contratados e caminhados pelos patrões seringalistas, para trabalharem em toda a região Amazônica do Nordeste vieram os famosos cabras da peste que costumam trocar peixeradas com a camisa amarrada Com o adversário para tirar a despeita. Muito deles foram mortos a flexada, a traição colocações de seringais, outros esquartejados e transformados em churrascos humanos. Tudo para sobreviver na região Amazônica.

Quem falasse em Sair do seringal sem ter saldo, era para sofrer decepção. O comentário de antigos seringueiros e tenebrosos episódios ocorridos no mundo do crime.

Uma certa ocasião um seringueiro de nome desconhecido, vulgo baiano, tentou sair do seringal devendo para o patrão, foi quando houve grande confusão, os jagunços o amarraram e deram uma surra de chicote, um banho de facão e para completar deram um banho de sal grosso.

Naquele seringal o Alto, do Rio Cautário, naqueles velhos tempos o seringueiro não tinha vez. A lei era o rifle ou então a chumbeira de cartucho. Hoje esta tudo mudado os velhos seringalistas estão derrotados pela velhice e os que estão vivos, estão. um pouco mais civilizados,

Os heróis soldados da borracha, ainda lutam pela aposentadoria porque nem todos estão aposentados, muitos deles estão sendo ludibriados pela própria autoridades no mundo em que vivemos que lidera a corrupção.

Da até pra acreditar- que estão esperando os soldados da borracha morrerem para ficarem com os seus dinheiros, e esqueceram que foi o borracheiros que desbravaram a nossa Amazônia e trabalharam na extração da borracha.

A Arnazônia hoje é considerada o pulmão do mundo inteiro, existem muitos malandros que são ate estrangeiros, mas através de padrinho já estão aposentados, faturando, nosso dinheiro, alguns combatentes verdadeiros receberam um lote de terra, isso não passa de uma tapeação porque um ser humano após 70 anos de idade não aguenta mais trabalhar no pesado.

.Já estão totalmente cansados, quanto mais caminhar para o terreno, isso não passa de tapeação porque são mais de 60km, e uma falta de respeito e consideração.

Nos lembram que foram eles que dedicaram :suas vidas para desbravarem a nossa Amazônia para o desenvolvimento de nossa Pátri a. Trazendo divisas para nossa nação, isso não é Uma lenda e nem um conto de fadas. E sim trata-.se da realidade vívida pela maioria dos seringueiros que vieram tentar a sorte na Amazônia.

Na época da 2ª Guerra mundial, os jovens brasileiros nascidos em 1918 tomararn a decisão de Iutar contra os inimigos do eixo da nossa nação.

A nossa forca armada brasileira breviava o selecionamento de jovens para a guerra e, por falta de matéria prima enviaram homens para a Amazôn.ia, para trabalharem na extração da borracha, Os jovens foram obrigados a abandonar pai e mães, e seus demais familiares, seguindo itinerário para o vale Amazônico.

Vieram soldados de todos os estados brasileiros. Alias, do Nordeste, o falado cabras da peste chegaram no Pará o seu primeiro estacionamento entraram 300 homens para explorarem um seringal. no Rio Xingu, em uma só madrugada foram quase todos devorados pelos índios urubus. Foi uma cena de amedrontar , foi o destino quem os enviou de tão distante somente para cumprirem o seu destino, Desses soldados escaparam poucos deles, alguns que sobrevivem podem contar a historia.

Com fé em Nossa senhora dos seringueiros, os valentes soldados da borracha enfrentaram cenas perigosas com o risco da própria vida, Por serem homens de fé, falaram em uma só voz enfrentaremos o que der e vier nas margens do rio Pacaas Novos, Rio Negro, Rio Guaporé, Cautário e no São Domingos, todos foram habitados e explorados pelos valentes soldados da borracha

Em poucas cenas sorriam de alegrias, o que mais fizeram foi chorar de tristeza em saber que seus irmãos brasileiros estavam morrendo na Guerra, em terras estrangeiras. Alguns mantinham o rádio ligado para saberem as notícias e ficaram bem informados da mais melancólicas notícias da terra. Não podemos esquecer que foram eles que desmembravam e habitaram a região amazônica.

No dia 8 de maio de 1945, o Brasil tomara o Monte Castelo e hasteava a bandeira brasileira. Só nos restam lembranças de maior ato de bravura em que o brasil cumpria uma missão com suas pesadas armas de artilharia e armas maneiras de infantaria, Muitos soldados perderam a vida mas a batalha foi vencida através de muita luta e muito trabalho e que hoje vivemos na tal democracia.

Se temos a região Amazônica bastante habitada pelos soldados da borracha e seus familiares, alguns deles continuam trabalhando em alguns seringais da Amazônia Ocidental muitas partes da região Amazônica.

A guerra para eles não acabou o trabalho inseguro, sempre foi pesado e no duro, nos rios e nos igarapés mais distantes, os combatentes trabalhavam e deixaram marcas para sempre recordar do passado pelos curiosos lembrado. Se hoje temos longas estradas perfuradas pelo soldado da borracha e seus familiares muitas áreas estão colonizadas com bastantes lavouras plantadas, sítios e multas frutas. Não podemos, esquecer os esforços do valente soldado da borracha, não poderá ser esquecido, sempre terá de ser lembrado através da produção do latex eles tem dado a região.

Lutam lado a lado a fim de não ser derrotado a Deus que o perdoe, os falecidos, aqueles que morreram no campo de batalha metralhados pelo inimigo.

E! os que morreram nas selvas perdidos do Vale amazônico. Além de perdições muitas vezes morreram de fome por falta de alimentação e outros morreram doentes por falta de medicamentos, alguns de febre amarela desconhecida naquela época como são outros soldados borracheiros se acabam naquela época como são outros soldados. Se foram em naufrágios navegando em embarcação, a fim de cumprirem suas missões, outros se foram em acerto de conta com patrões cruéis sem coração que mandavam matar os seringueiros para não pagar o saldo. A lei era Gatilho.

Segundo eles estas cenas foram um bocado ruim de mastigarem e difícil de engolir coisas que da minha lembrança nunca há de sair. Naqueles tempo já existia ambição, matar os outros já era profissão.

Mais a luta não parou somente para aquele que moram na luta, a batalha continua para aqueles que sobrevivem nas esquinas nos hospitais internados, muitos deles já morreram desprezados, sem parentes sem ninguém por eles.
Enfrentando também muito paludisrno, naquela época mais
conhecido como sezão. enfrentado patrões desalmados, sem coração que não gostam de pagar os saldos dos seringueiros, quando pagavam, mandavam o jagunço esperar na primeira curva do rio, para matar o seringueiro e trazer o saldo de volta, diretamente para o patrão.

Naqueles velhos tempos, a lei era 44, quando o seringueiro não tinha saldo costumava tomar a mulher e presentear para o desse produção, isso para ele era a. maior diversão, se o seringueiro vacilasse, ainda pegava uma surra do patrão, o patrão juntamente com o jagunço faziam maior gozação.